O burburinho do salão ainda ecoava pela mansão, mas, ao subir as escadas, Isabella sentia o peso da noite. O jantar tenso, os olhares de Isadora, a conversa na varanda com Romeu.
O casaco dele, que ela devolvera com um tímido “Boa noite”, ainda parecia carregar o calor do corpo dele. No quarto de hóspedes, ela fechou a porta, o coração batendo rápido, como se soubesse que algo estava por vir. Romeu, que a seguira em silêncio e entrou antes que ela fechasse a porta, parou a poucos passos, os olhos fixos nela.
Ele jogou o casaco na cadeira, os movimentos precisos, quase predatórios. Sem dizer nada, deu um passo à frente, o olhar ardendo com uma intensidade que fez Isabela engolir em seco. Não havia a provocação brincalhona de sempre, era algo mais cru