Romeu percorreu com seu carro o caminho de cascalho que levava à antiga mansão. Ainda não acreditava que havia tomado aquela decisão. Que depois de um ano lá estava ele, chegando na Itália como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.
O caminho era cercado por lavanda e oliveiras que balançavam preguiçosamente ao vento. Havia algo na luz da Toscana, dourada e envolvente, que tornava até as sombras mais belas.
Quando desceu do carro, ele tirou os óculos escuros e os pendurou na gola da camisa.
O sol batia firme sobre os ombros e, por um instante, sentiu o peso da decisão de estar ali. Sabia que era uma loucura, mas precisava vê-la com os próprios olhos. Precisava se convencer de que ela era, de fato, parte de um passado que estava enterrado.
Após ser recebido pelos funcionários e se instalar, ele caminhava pelo jardim lateral, distraído, quando a viu.
Isabella surgiu por entre os ciprestes, carregando um cesto com pêssegos recém-colhidos. Vestia um vestido branco leve, os cabelo