Sociopata.
Era essa a palavra que haviam usado para descrever Nicholas Hunter Steiner. Preferi não perguntar seu significado, porque, não posso negar, eu tinha medo de saber.
Só que eu era o tipo de pessoa que não se aguentava por muito tempo. É, pois é, eu era o pior tipo de curiosa.
Quando cheguei do tribunal, entrei no meu quarto e abri meu notebook. Joguei no Google “Sociopata”
"As características dos sociopatas englobam, principalmente, o desprezo pelas obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas (…) mentem exageradamente sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam (&helli
Cinzas.Por que porra de coisa havia cinzas no ventilador, produção?!Certo, eu acho que já falei que eu era uma curiosa da pior espécie.Desliguei o ventilador e me levantei na cama, tentando alcançar o ventilador, mas muito provavelmente eu era baixa demais. E isso era uma bosta, ser baixinha demais, porque em algumas ocasiões, você vira um inútil.Pulei da cama e peguei um banquinho no chão e o coloquei na cama. Subi na cama e no banquinho. Para eu cair, era questão da minha falta de jeito, o que, por sinal, era total.Alcancei o ventilador, minhas mãos exploraram hélice por hélice, na parte de cima dela, e eu quase caí de susto quando minhas mãos se fecharam em alguma coisa. Agarrei aquilo. Pulei do banquinho, caindo na cama.Bem, a
Pov’s WillMe senti pelado. Sério.Entrei no quarto para buscar pastilhas para o hálito (e preservativos, se querem mesmo saber). Estava decidido a tirar o atraso. Não me entenda mal, eu só precisava acabar com aquele vazio, destruir aquele buraco onde a Samira amiga costumava ficar, e onde eu gostaria mais que ela tivesse ficado como namorada, e agora eu não tinha uma coisa e nem outra. Eu precisava de sexo. Não que aquilo fosse a solução. Aquilo só funcionaria como aspirinas.Como eu ia dizendo, me senti pelado. Sério. Eu entrei no quarto e ela ficou me encarando, sem nem ao menos piscar os olhos. Ela, você sabe quem.Tentei não fazer contato visual, porque, como eu disse, eu estava me sentindo completamente nu. Eu sentia que Samira me olhava até a alma, profundamente, sentia como se ela conhecesse todos os meus segredos, tudo, tudo, absolutamen
Aquilo era ridículo. Eu não podia simplesmente ficar chorando igual uma vaca inútil. Eu tinha que parar de chorar.Ah, qual é, eu era uma tapada.T-A-P-A-D-ATA-PA-DAComo eu nunca tinha percebido? Como? Todos os sinais estavam lá, estampados, escritos, desenhados, materializados. Só eu não via.Durante muito tempo Will fora a única pessoa que havia conseguido me fazer bem, a me fazer feliz de verdade, diferente de todas as outras pessoas, e nunca exigia nada por isso. E o que eu havia feito? Pisado, chutado e arrebentado ele.Ai, minha nossa. Eu podia morrer e viver outras milhares de vidas, mas eu nunca iria merecer aquele cara.Eu era uma pessoa horrível. Como eu podia ser tão mesquinha com ele? E agora, o que eu estava fazendo? Me lamentando igual uma tapada que eu era.Eu tinha perdido ele. Will tinha desistido de mim. Ele ia sair com outra garota, ia co
– Mãe, vou sair – avisei.Minha mãe me observou durante alguns segundos.– E desde quando você me avisa que vai sair? – ela arqueou a sobrancelha.Desde que Mattias e estamos de rolo, e não queremos que ninguém desconfie de nós, portanto saímos separados para depois nos encontrarmos lá fora – pensei.– Vá logo – falou minha mãe, dando de ombros.O quê? Por que você não é uma mãe super protetora e preocupada que me proíbe de ir até ali na esquina? Por quê?! Por quê, hein? Hein?! Eu te amaria mais, mulher.Saí pra fora.Fazia só uma hora desde que Mattias havíamos estado mais... próximos.Quero dizer, pra mim aquilo ainda era estranho. Eu sempre encarei sexo com naturalidade, já que nunca tinha sido tabu na minha família,
Beleza, não estávamos namorando e eu não achava legal cobrar mais dela, mais do que eu já tinha cobrado.Estávamos no quiosque, e ela tentava disfarçar, mas simplesmente não conseguia afastar os olhos de Will, em outra mesa, com uma garota que era a cara de Sam. Loira, baixinha e uma expressão que te fazia pensar caralho, vou levar um soco se eu encara-la por muito tempo– É, bem, você conseguiu – murmurou Josh.– Acho que sim – falei chateado.Josh e eu estávamos de pé, enquanto Samira estava sentada, roendo as unhas.– Acha? – disse Josh, provocativo.Por um lado, eu havia conseguido beija-la e deitar com ela, mas... Samira não era minha. E eu temia que nunca fosse.Já eu, era dela. Eu não sabia se era amor, mas Samira simplesmente tinha poder sobre mim. Ela me dominava completamente.&nd
Pov’s WillA garota beijava mal pra caralho e não ajudava o fato de a boca dela feder a tabaco misturado com tequila estragada. Se bem que eu nunca havia cheirado tequila estraga, mas se eu tivesse, teria o mesmo cheiro que a boca daquela menina. Pelo menos era revigorante ver Sam nos olhando com raiva. Só que não era legal ver ela se pegando com o Mattias. Porém era interessante ver que depois de um mega beijo deles, a primeira coisa que fez depois de abrir os olhos foi me olhar com uma expressão puta da vida.— Você sabe que teremos que terminar isso aqui em outro lugar — falou a loira em meu ouvido em uma tentativa fracassada de soar sexy.— É? Teremos? — sussurrei distraidamente, me ocupando em devolver o olhar a Samira.— Teremos — quase pulei da cadeira quando senti a mão dela apertar meu brinquedo. Encarei-a assustado, ela sorriu. Qual era
Vamos dizer que 90% das coisas que eu fazia eram impensadas. Se for pra ver mesmo, eu não sabia por que eu fazia as coisas que fazia. Eu só fazia e pronto. Se eu pensasse um pouquinho nas consequências, sabe, antes de agir, seria o melhor pra todo mundo.Quando eu vi o violão, eu soube, era o momento. Alguns minutos depois, lá estava eu, tocando e cantando. Tudo bem, eu não era ruim. Talvez tocando eu era bem melhor do que cantando, mas minha voz não era uma das piores. Ah, vai, até que eu era afinadinha.Enfim, eu e Will havíamos treinado aquela música por semanas. Mal eu sabia o por quê. Foi meio que por acaso.Em um dia estávamos no mercado comprando manteiga de amendoim, porque tinha acabado, e era um ritual nosso comer manteiga de amendoim às terças. E aí estava eu e ele, plantando o terror no sup
Era estranho. Eu não sentia quase nada. Não sentia dor, desconforto, ou prazer. Eu só tinha a sensação de entrar e sair dele, sua mão apertando minha cintura e o cheiro ruim que o cigarro soltava.— Mais rápido, loira, mais rápido! — exclamava Mattias, arfando e gemendo.Fiz o que ele pediu e ao mesmo tempo joguei meu cabelo para o lado e o dividi em três mechas. Comecei a trançá-las para passar o tempo.— Isso! Isso! Ai meu Deus! Só um pouco mais rápido! Isso! Isso! Ahhhh! — Mattias suspirou e com delicadeza me tirou de cima dele, então eu caí para o lado, deitando minha cabeça em um travesseiro.Nem tinha porque fingir que eu tinha gostado. Pouco provável que ele se lembrasse depois.Não falei nada. No fundo, no