POV: Dominic Castellan
Aquele ciúme veio como uma faca. Thomas podia ter muitas falhas, mas uma eu conhecia bem: ele adorava destruir algo só porque sabia que importava pra mim.
Não consegui disfarçar.
— Agora eu entendi. — Ele riu. — É ela. É a Eva Monteiro.
Levei a mão às têmporas, tentando controlar a raiva. O whisky não ajudava.
— Então... — ele cruzou os braços, com aquele sorrisinho malandro — o que você fez?
Suspirei. Fiquei em silêncio, encarando o vazio, sentindo o gosto amargo da minha própria língua.
— Eu a acusei de estar aqui por interesse. Disse que tudo foi um teatro. Que ela queria me conquistar pra subir.
Thomas balançou a cabeça, incrédulo.
— Thomas… — meu tom foi um aviso.
Ele se apoiou na mesa, me encarando com malícia. Aquilo acendeu algo ruim em mim.
— Vou mandar flores pra ela. Só pra ver como você fica.
O sangue me ferveu. Thomas não queria só provocação, ele queria guerra. E eu sabia exatamente como ele jogava.
Silêncio. Ele sentou na poltrona de frente pra mi