POV Dominic Castellan
A última noite foi um inferno.
O tipo de inferno que começa no elevador de um prédio e termina comigo encarando o teto, duro, suando, irritado e tentando racionalizar por que quase arranquei a roupa de uma mulher no meio de um cubículo metálico com câmeras de segurança.
Eu não consegui pregar os olhos. E agora estou aqui, deitado, com o corpo em brasa e a consciência em ruínas, me perguntando desde quando olhar uma mulher me deixa nesse estado de animal enjaulado.
A cena se repetia na minha cabeça como se fosse o início amador de um filme pornô em loop: o cheiro do perfume dela, a pele arrepiada, o jeito como ela mordeu o lábio sem nem perceber.
Aquela maldita boca. Aqueles olhos desafiadores. Aquela voz...
Eu tive que segurar muito. MUITO.
Mais um segundo ali, e eu teria empurrado aquela bolsa ridícula pro canto, prendido ela contra a parede e fodido todos os limites da decência com a boca na dela.
Sai antes que perdesse o controle de vez.
E agora eu estava