Henrique
A brisa morna da manhã acariciava meu rosto enquanto caminhávamos pelas ruas de paralelepípedo da pequena cidade litorânea. O céu estava limpo, um azul vibrante sem nenhuma nuvem à vista. O sol brilhava alto, refletindo-se no mar calmo que se estendia até o horizonte. Mariana segurava minha mão, seus dedos entrelaçados nos meus com delicadeza.
Eu olhava para ela e via algo que não enxergava há muito tempo: paz. Sua pele, antes tão pálida pelo tratamento, agora tinha um leve tom corado. O brilho nos olhos dela, que tantas vezes fora substituído pelo cansaço e pela dor, agora resplandecia com uma leveza que me aquecia por dentro.
Isabela seguia um pouco à frente, no colo da babá, encantada com tudo ao redor. A felicidade dela era contagiante. Era como se, naquele momento, não houvesse preocupações, apenas nós três aproveitando o agora.
— Essa cidade é linda — Mariana comentou, olhando ao redor.
— Eu sabia que você ia gostar. É um lugar tranquilo, longe da correria e d