Clara
Eu andava de um lado para o outro na sala, sentindo meu sangue ferver a cada segundo que passava sem uma resposta do advogado. Peguei o celular da mesa e chequei as mensagens pela milésima vez. Nenhuma atualização. Nenhum avanço no processo de reconhecimento de paternidade.
— Isso é um absurdo! — resmunguei, jogando o celular no sofá com força.
Leonardo, sentado na poltrona ao lado, levantou os olhos para mim com cansaço. Ele parecia exausto, mas eu não me importava. Eu também estava.
— Clara, essas coisas levam tempo. Você precisa ter paciência.
Paciência? Como ele queria que eu tivesse paciência? Mariana estava com Isabella há meses, criando a menina como se fosse só dela, enquanto a justiça simplesmente ignorava o fato de que Leonardo era o pai biológico. Isso não podia continuar assim!
— Eu não posso esperar mais! Eles estão me roubando a minha filha!
Leonardo suspirou e massageou a têmpora, como se estivesse tentando conter a própria irritação.
— Isabella não está sendo ro