POV CELESTE
Liguei para o quarto do Senhor Pedrosa várias vezes. Finalmente, ouvi ele dizer:
— Entre.
Abri a porta lentamente e o vi deitado na cama com os olhos fechados. Ele vestia apenas um short de algodão cinza-claro. Fiquei surpresa com os hematomas vermelhos que ele tinha no rosto e no corpo. Ele até tinha um arranhão no lábio inferior.
O que havia acontecido com ele? Parecia que Íñigo tinha lhe dado uma surra na luta de kickboxing.
— Bom dia, senhor. O senhor tem um compromisso às dez da manhã, e já são nove.
— Sim... — Sua voz era fraca. Ele abriu os olhos, levantou-se da cama bem devagar e foi cambaleando até o banheiro. — Você pode preparar um terno para mim, Celeste? Só vou tomar um banho rápido.
Ele não estava bem, provavelmente tinha febre, pois seu rosto estava muito vermelho e seus olhos injetados de sangue. Ele deveria ficar na cama e cancelar todos os compromissos. Meu Deus, ele não era uma máquina. Bem, até as máquinas precisavam descansar para não quebrarem.
— Sim,