Chegamos em casa rapidamente para trocar os gêmeos, dar a eles um lanche e ajeitar as mochilinhas que sempre levávamos com fraldas, brinquedos pequenos e as garrafinhas de água. Me surpreendia cada vez mais com o quanto Gael tinha se adaptado à rotina deles. Ele sabia exatamente onde estavam os objetos, quais mordedores acalmavam Bruno e qual carrinho era o favorito de Breno. Havia nele uma naturalidade que me emocionava, principalmente porque nem sempre ele parecia acreditar no próprio potencial como pai.
Um tempo depois, estávamos de volta à estrada, rumo à empresa. O sol atravessava os vidros do carro, iluminando os meninos no banco de trás. Eles gargalhavam entre si, como se estivessem em um mundo paralelo só deles, e aquilo me deu uma sensação de paz que há muito tempo eu não sentia.
Ao chegarmos, Gael estacionou na vaga reservada e logo me ajudou a tirar os meninos do carro.
— Vamos? — ele perguntou, abrindo o carrinho de passeio com a prática de quem já havia feito aquilo cente