O cheiro de café recém-passado se espalhava pela sala de jantar, misturado ao doce da banana amassada que preparava para os meninos. Bruno já batia as mãozinhas sobre a bandeja da cadeirinha, animado, enquanto Breno resmungava de sono, virando o rostinho como se ainda estivesse em algum sonho.
— Vamos lá, amor, só mais uma colherzinha. — murmurava, tentando convencer Bruno a não espalhar metade da fruta pelo cabelo.
Enquanto cuidava deles, dava pequenos goles no café, ainda quente. Difícil equilibrar colher na mão direita, xícara na esquerda e manter a atenção redobrada para que nenhum dos dois entrasse em crise ao mesmo tempo, mas com o tempo, parecia estar aprendendo a fazer malabarismos sem tropeçar.
Um barulho de passos ecoou pelo corredor e, segundos depois, dona Francisca surgiu, sorridente, ajeitando o avental.
— Bom dia, meus queridos. — Olhou primeiro para os gêmeos e depois para mim. — Dormiram bem?
Antes que pudesse responder, a voz grave de Gael se intrometeu por trás dela