Roberto parecia uma criança que havia feito algo errado. Ele abaixou a cabeça em silêncio e murmurou baixinho:
— Não vá.
Com uma expressão abatida, ele colocou os talheres sobre o prato, uniu as mãos sobre as pernas e as segurou com cuidado.
Jaqueline suspirou, resignada, se sentou ao lado dele, pegou os talheres e serviu um pouco de arroz. Aproximou a colher de sua boca e disse:
— Abra a boca.
Roberto obedeceu sem questionar, abrindo a boca. Jaqueline colocou o arroz na boca dele e, em seguida, deu a ele uma garfada de legumes.
Ela cuidava dele como se cuidasse de uma criança.
Uma mulher gentil e linda, um homem que parecia desamparado; a cena tinha algo de reconfortante e caloroso.
Por um momento, todas as preocupações pareciam ter sido deixadas para trás, restando apenas o instante presente.
...
Jaqueline ficou com Roberto até depois das nove da noite.
Quando percebeu que já estava tarde, ela percebeu que precisava ir embora.
Roberto notou que Jaqueline olhou