Com um estalo, Roberto agarrou o pulso dela.
— Não vá.
Por alguma razão, ele sentiu uma súbita insegurança no coração, um desejo intenso de que ela ficasse. Não importava o quanto ele tivesse sido teimoso antes, naquele momento, parecia uma criança indefesa.
A dor podia enlouquecer uma pessoa, mas também podia torná-la vulnerável.
Às vezes, o que doía mais do que o corpo era o coração.
Jaqueline baixou os olhos e olhou para a mão do homem. Mesmo enquanto ele segurava o pulso dela, suas mãos tremiam.
Ele certamente estava com muita dor, isso não era algo que pudesse ser fingido. O rosto dele estava pálido, e gotas de suor escorriam pela testa.
— Vou te levar ao hospital agora. — Disse Jaqueline. — Eu dirijo, tudo bem?
Sua voz soava como se estivesse tentando acalmá-lo.
— Eu não quero ir ao hospital. — Roberto levantou os olhos, tão escuros quanto a noite, sem fundo. — Esse remédio foi receitado pelo médico. Em poucos dias vai melhorar, não preciso ir ao hospital.
Jaq