Jaqueline virou rapidamente o corpo para o lado, se afastando dele com uma expressão de alerta.
— O que você está fazendo?
— Você não disse para eu descansar? Este é o meu quarto, a minha cama, é claro que eu vou deitar!
O homem, normalmente sério, naquele momento parecia um completo malandro, sem o menor pudor.
Ainda assim, havia algo em sua atitude desleixada que carregava um toque de charme irresistível.
— Você... — Jaqueline sentiu vontade de repreendê-lo, mas, para sua frustração, não conseguiu encontrar razões plausíveis para contradizê-lo.
Afinal, aquela realmente era a casa dele. Assim que se divorciassem, ela sairia dali.
— Ok, já que este é o seu quarto, então fique aqui e durma. Eu vou embora.
Ela decidiu passar a noite no quarto de hóspedes. Para ela, tanto fazia onde dormir naquela última noite. Jaqueline e Roberto já estavam em pé de guerra há tempos, e nada mais importava.
Quando estava prestes a sair da cama, sentiu uma mão firme segurando seu pulso.