Roman Ostrov
O amanhecer trouxe consigo uma névoa densa que parecia envolver a cidade em um manto cinzento. A mansão estava silenciosa, mas meu instinto me dizia que algo não estava certo. Donatella. Ela estava escondendo algo de mim, e a noite anterior apenas confirmou isso. Suas habilidades em me distrair eram impecáveis, mas as voltas que sua língua deu no meu pau não foram suficientes para apagar a desconfiança que queimava em minha mente.
Levantei-me da cama com cuidado para não acordá-la. Ela dormia profundamente, seu corpo pequeno aninhado entre os lençóis. Por um momento, observei-a. Havia uma vulnerabilidade em Donatella que poucas pessoas viam, mas eu conhecia bem. Ela era ao mesmo tempo a mulher mais forte e mais frágil que eu já conheci. Ainda assim, minha confiança nela tinha limites, especialmente quando ela começava a agir pelas minhas costas.
Peguei o celular e liguei para Bóris, meu Sub-chefe, que atendeu no segundo toque.
— Bóris, quero que substitua toda a equipe de