Gama Elias
Assim que o meu irmão saiu do quarto e fechou a porta, me virei para a cama onde a jovem ômega estava deitada. Senti um calafrio percorrer a minha espinha ao vislumbrar o seu rosto pálido, parecia que já tinha feito a travessia para o mundo de Hecate.
Dei um passo a frente quando ela se moveu, o coração apertado com esperança vã de que estava acordando. Apenas franziu o cenho e gemeu baixinho, uma lágrima escorreu pela bochecha sem cor, mais uma vez ela implorou por ajuda.
A minha natureza e eu, unidos totalmente pela primeira vez desde o falecimento da minha alma gêmea. Separados pela dor da morte de Cristal, que era a fêmea que a Deusa criou para mim, voltamos a ser apenas um, pela fêmea que o meu coração escolheu.
Me ajoelhei ao seu lado na cama e segurei a sua mão fria entre as minhas
— Mina, você pode me ouvir?
Tinha esperança de que um milagre acontecesse e ela despertaria apenas com o meu pedido, mas parece que, se a grande Deusa planejava um milagre, não seria pa