Por Marina Allen.
Lá fora a lua está brilhante no céu, meu pescoço dói de tanto encarar as paisagens da janela do carro.
Não tenho vontade de olhá-lo, não quero olhar para ele. Sei também que ele me olha, minha pele arrepia com a intensidade de seu foco em mim e tento não perder minha sanidade.
— John, preciso de uma parada. — Digo faltando menos de uma hora para chegarmos a cidade.
— Sem problemas. — Ele responde gentil como sempre.
— Obrigada.
O silêncio é instalado outra vez, dez minutos à frente e paramos em um posto de gasolina.
Coloco o pouco que tenho em meu estômago para fora. E quando me dou conta, ele está atrás de mim segurando meus cabelos para trás.
— Senhor, esse é o banheiro feminino. — Digo correndo para pia e lavando o rosto.
— Há alguma coisa que eu precise saber? — A pergunta vê