VITTORIO
Estendi minha mão para Mia, sentindo algo tão estranho quanto inevitável.
— Vamos sair daqui.
Ela hesitou, seus olhos fixos na minha mão como se aquilo fosse uma escolha com o poder de mudar tudo. E talvez fosse. Quando finalmente seus dedos encontraram os meus, um arrepio percorreu minha espinha. Sua mão tremia contra a minha, mas ela não soltou.
Assim que se levantou, passei meu braço pelos seus ombros. O gesto pretendia ser apenas protetor, mas acabou se tornando algo mais. Uma necessidade, um impulso que eu não podia controlar. Caminhamos pelo corredor em um silêncio pesado, quebrado apenas pelo som de nossas respirações entrecortadas.
O ca