Janete narrando
Eu fiquei ali parada, observando de longe o Pantera e o Black ajudando os caras na rua. Era só uns moleque tentando conseguir comida, e ao invés deles virem com ignorância, resolveram com humanidade. Isso me tocou de um jeito que eu nem sei explicar. Ver o Pantera agindo assim, com coração, me fez lembrar o porquê de eu ter me apaixonado por ele… mesmo com toda essa loucura que é a vida dele.
Quando ele me viu e veio na minha direção, meu coração disparou. Não consegui disfarçar o sorriso. Era ele, inteiro pra mim naquele instante. Sem blindagem, sem casca grossa. Só ele.
Corri pra ele, abracei forte. Sentir os braços dele em volta de mim foi como voltar pra casa depois de uma tempestade. E eu queria que ele soubesse disso, mesmo sem muitas palavras.
— Eu fiquei muito feliz, Pantera... muito feliz mesmo — falei, com a voz meio embargada, mas com o coração aberto.
E aí beijei ele. Com vontade, com saudade, com alívio. Porque ali, naquele momento, eu tive certeza: a gue