O beijo de Ethan foi um golpe. Uma explosão possessiva que destruiu os últimos resquícios da minha identidade profissional. O cheiro de aftershave caro, a urgência de sua boca, a mão firme em minha cintura — tudo isso me dizia que o trabalho havia acabado e o jogo havia começado.
Quando ele se afastou, eu estava ofegante, paralisada. Minhas mãos apertavam a seda macia da camisa que Susan havia me forçado a usar. Eu olhei para Susan. Ela não estava brava, nem surpresa; ela estava radiante, como uma artista satisfeita que acabara de colocar a pincelada final em uma obra-prima.
"Perfeito. Agora, podemos ir," Susan declarou, sem um pingo de ironia, colocando um vestido formal e pegando sua bolsa de ombro.
Ethan pegou o terno que estava pendurado na poltrona e vestiu-o, fechando o zíper da minha realidade profissional. Em menos de trinta segundos, ele havia passado de predador sem camisa a bilionário executivo.
"Melanie. Pegue meu briefcase," ele comandou, e eu, como um robô, o fiz.