O voo de volta para Nova York foi o mais tranquilo da viagem, mas o mais carregado de significado. No jato, a dinâmica era de posse estabelecida. O toque casual de Ethan na minha coxa e o olhar direto de Susan, que me fazia perguntas sobre o futuro da empresa, mostravam que eu era parte do tecido deles.

Chegamos a Nova York sob o pôr do sol, e a vastidão da cidade parecia, de repente, menos promissora. A realidade do retorno atingiu-me no carro, a caminho do penthouse dos Fontaine.

Onde eu iria ficar?

Eu não tinha um apartamento em Nova York; morava em um hotel temporário até a vaga permanente se confirmar. Agora, o hotel não era uma opção. Eu não conseguiria mais suportar a solidão e a impessoalidade daquele lugar, depois de ter dormido no meio de dois gigantes do poder.

O motorista parou na entrada privativa do edifício dos Fontaine. Susan e Ethan me olharam, a pergunta não dita pairando no ar.

"Mel," Susan começou, com o tom de quem faz um cálculo de risco. "Você está exaust