Luana olhou ao redor, surpresa com o impacto de sua voz, capaz de impor ordem instantaneamente. Talvez nem ela soubesse possuir tal poder, descobrindo-o naquele exato momento. Mas não havia tempo para contemplações. Precisava retomar o controle da situação.
— O que está acontecendo aqui? André mal partiu e vocês já esqueceram o respeito mútuo? — sua voz soou firme, cortando o silêncio.
— Luana, minha filha, ainda bem que chegaste. Precisavas ver o quanto foi humilhante ouvir a leitura desse testamento. Recuso-me a acreditar que André deixou a mãe de mãos vazias — lamentou uma das tias, a voz trêmula, prestes a desabar em lágrimas.
— Tia Madalena, por favor. O que André poderia deixar à mãe, tendo uma família e um filho do casamento anterior? Ele nunca foi milionário, tia. Lutou a vida toda para dar o melhor à família.
— Deu até demais. E essa aí nem merecia o que recebeu. Teve coragem de trair nosso filho — disparou a outra tia, o rosto tomado de indignação. — Essa mulher abocanhou tu