Emilly
Fiz tantas coisas hoje, falei com clientes, providenciei uma manutenção de máquina, reunião com os funcionários e uma faxina nas gavetas da minha mesa, que, diga-se de passagem, estava passando da hora. Enxoto um pensamento sobre Cristiano para debaixo do tapete imaginário e me irrito com isso.
Meu estômago ronrona como de um gato, sinto fome e tenho certeza de que é ansiedade por diversas razões. Na cozinha encontro uma das garotas que trabalham no financeiro. Ela termina de beber o restante do suco que há em seu copo, e sorri ao me ver.
— Oi, Emy — cumprimenta, lavando o copo.
— Tudo bem, Wellen? — Abro o armário em busca de biscoitos.
— Mais ou menos. O sistema está travado, não consigo abrir o cadastro dos clientes e quando tento lançar o código das máquinas, também trava e só destrava quando reinicio o computador.
— Chamou o Clóvis?
— Estou tentando ligar pra ele há dias, não recebe as mensagens no Whatsapp e o celular cai direto na caixa postal. Sabe se tem algum outro nú