Emilly
O carro some da minha vista e confesso que me assusto com o tamanho da dor que pesa sobre mim. A garganta se fecha e me falta ar. É como se os pulmões estivessem se comprimindo. Achei que havia chorado tudo o que podia, mas as lágrimas jorram sem controle algum. Encosto atrás de uma coluna fora da visão de quem passa pela rua e tento me controlar antes de sair do prédio.
É quando ouço a voz de Alex atrás de mim.
— Emilly?
No susto, me viro rápido, e a dor aumenta ao ver a forma complacente com que me olha. Sim, estou digna de pena, por isso ajeito o cabelo e passo o dorso da mão pelo rosto, tentando secá-lo.
— Oi, Alex. — O fio de voz que sai não parece nada com a minha.
— Conseguiu encontrar o Cris?
— Sim, acabou de sair. — Aponto a rua me obrigando a sorrir e fingir que não está doendo demais.
— Que bom que veio, ele estava arrasado pensando que iria embora sem te ver.
Olho na direção do portão e volto a encará-lo. Seu olhar é tão terno, que sou incapaz de mentir ou sequer om