Fúria no Hospital
Paul Evans
O cheiro de desinfetante e o zumbido mecânico dos aparelhos substituíram o caos da chuva e das sirenes. O hospital era um purgatório branco. Eu estava parado na sala de espera da emergência, sentindo-me um fantasma, as mãos ainda sujas do sangue dela.
Eu mal tinha me sentado quando a porta se abriu com violência. Eram os irmãos de Catarina, Carlos e Caio, furiosos.
Carlos, o mais velho, veio na frente, os olhos injetados de ódio. Caio, mais contido, mas igualmente letal, o seguiu. Meu sogro, o Sr. Smith, tentou segurá-los em vão. Eles queriam me matar, eu tinha certeza disso.
— SEU DESGRAÇADO! — Carlos rugiu, vindo para cima de mim.
Eu mal senti o primeiro soco que me atingiu na boca. Estava anestesiado demais pela imagem de Catarina inerte na maca.
Caio me agarrou pelo colarinho, sua voz um sibilo perigoso: — Você a matou, Paul! Você a destruiu! O que você fez com a nossa irmã?!
Eu não conseguia responder, apenas balançava a cabeça, a dor físic