A Teoria da Perseguição
Aaron Meneses
Eu tinha o contrato e a exigência: casar com Lila Duarte. A proposta de minha mãe não era romântica; era uma transação de poder, uma fusão de conveniência que garantiria meu império.
No entanto, eu não podia simplesmente entregar o contrato a ela. Eu precisava desarmá-la primeiro. Eu precisava que ela se lembrasse de quem eu era.
Eu usei o argumento mais antigo e eficaz em nosso relacionamento: a chantagem da amizade e a negação da minha própria toxicidade. Eu a esperei. Não em seu escritório, onde ela teria a segurança de sua mesa, mas na sala de arquivos confidenciais da Duarte & Associates, um espaço neutro e sem saída.
Quando Lila entrou, ela me viu no final do corredor, parado sob a luz fraca. Ela parou, os olhos estreitos.
— Aaron. Eu te disse para não me procurar sem um agendamento. Se você está aqui para falar sobre o Noah, eu vou chamar a segurança.
Eu a ignorei. Eu precisava que ela entendesse a dinâmica. Eu precisava que ela pa