Entre Sombras e Silêncios
O restaurante era discreto, afastado do centro da cidade. As paredes em meia-luz e o som suave de jazz abafavam qualquer conversa mais atenta. Perfeito para quem queria não ser visto.
Thamires Santana estava sentada em uma mesa já impaciente, o vestido elegante realçando sua postura confiante. Ele entrou e não procurou por ela, caminhou direto à sua mesa.
Um homem com terno escuro, expressão neutra. Nada nele chamava atenção — e talvez fosse exatamente essa a intenção.
— Está atrasado. — disse Thamires sem rodeios.
Ele não respondeu, apenas observou enquanto ela retirava um pequeno pendrive da bolsa e o girava entre os dedos. O objeto parecia brilhar sob a luz fraca, mas ela o segurava com a naturalidade de quem não tinha pressa.
— Tem certeza do que está fazendo? — perguntou ele, a voz baixa, direta.
Os lábios de Thamires se curvaram em um sorriso frio.
— Eu nunca faço nada sem ter certeza.
Ele estendeu a mão. Ela depositou o pendrive com elegância, como se