Capítulo 63

O celular vibrou de novo. Eloise abriu, e a mensagem era curta, mas carregada de algo que ela ainda não sabia nomear.

Augusto Monteiro:

Boa noite. Dorme bem, meu anjo, de preferência pensando em mim.

O coração dela deu um salto. Não havia arrogância ali, só um cuidado inesperado. Anjo. O apelido caiu como um afago silencioso, íntimo demais para não a desarmar.

Mordeu o lábio, lutando contra a vontade de sorrir ainda mais largo. Digitou devagar, sem jeito:

Eloise:

Boa noite, Augusto.

Guardou o celular no colo, mas a sensação ficou. Uma leveza estranha, quente, como se tivesse recebido um abraço à distância.

...

Do outro lado da cidade.

Augusto Monteiro estava sentado na varanda, a camisa branca aberta no peito. Entre os dedos, um copo de whisky. O gelo tilintava contra o vidro, mas o sabor forte parecia fraco comparado ao que queimava por dentro.

O apartamento estava mergulhado em penumbra. A cidade se estendia diante dele, um mar de luzes espalhadas pelo horizonte, mas nad
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