Capítulo 57
Depois do beijo, Augusto se afastou devagar, os olhos ainda cravados nela, como se dissesse mais do que queria. Sem pressa, seguiu para o quarto, desaparecendo no banheiro para o banho matinal.
Eloise, por sua vez, respirou fundo, tentando reorganizar os próprios pensamentos — e os batimentos — enquanto um leve sorriso ainda insistia em ficar nos lábios. Poucos minutos depois, a campainha tocou. Era o café da manhã.
Ela recebeu o carrinho da cobertura, agradeceu ao funcionário e começou a preparar a mesa. Pôs as xícaras no lugar, ajeitou as frutas e até corrigiu o posicionamento das flores, como se a ordem impecável fosse capaz de acalmar o turbilhão que sentia por dentro.
Quando ele voltou, já vestindo a calça social e a camisa aberta no colarinho, sentou-se sem dizer nada. Comeram juntos, trocando comentários breves sobre o dia anterior, mas sem evitar os olhares demorados que, vez ou outra, atravessavam a mesa.
Quando terminaram, Eloise pegou o celular e discou para um