Promessa e Provocação
O carro parou diante da casa sob o céu de fim de tarde.
O sol, já alaranjado, desenhava reflexos suaves nas janelas e fazia o jardim parecer ainda mais vivo.
Carlos desceu primeiro, com o cuidado de quem ainda se recuperava, e Cláudia logo o acompanhou, segurando uma das sacolas.
— Obrigado, Augusto. — disse Carlos, sincero. — Um dia você ainda vai jantar aqui conosco, sem essa pressa toda.
— É só marcar. — respondeu ele, com um meio sorriso. — Tenho certeza de que o strogonoff da casa é famoso.
Carlos riu. — Vou cobrar isso.
Cláudia trocou um olhar cúmplice com Augusto antes de seguir para dentro.
— Venha mesmo, Augusto. — disse ela, piscando discretamente. — E você, Eloise, trate de descansar um pouco.
Assim que o portão se fechou atrás deles, o ar pareceu mudar.
Silêncio, brisa suave, e uma tensão que já se tornara familiar.
Eloise virou-se para ele, ainda sorrindo. — Obrigada por tudo. De verdade. Você não precisava ter vindo.
Augusto