Terça de Despedida
A manhã começou com cheiro de café fresco e risadas.
Nathalia e Eloise estavam na cozinha, o sol atravessando a janela e iluminando a mesa com uma luz dourada de outono.
— Eu ainda não acredito que hoje é o dia — disse Nathalia, mordendo um pedaço de pão. — Vai buscar o tio Carlos, finalmente!
Eloise sorriu, radiante. — Nem eu acredito. O médico confirmou, e ele deve sair até meio dia.
— Queria ir junto… — resmungou Nathalia, dramatizando. — Ia fingir que era filha também.
— Ia acabar chorando mais do que eu, isso sim. — Eloise riu, ajeitando a alça da bolsa. — Mas preciso voltar pro trabalho depois. Já avisei na VisionLab, não posso abusar da sorte.
Nathalia apoiou o queixo nas mãos, observando a amiga com um sorriso melancólico.
— E pensar que você vai me abandonar… — murmurou, fingindo um beicinho. — Eu e meu café vamos ficar órfãos.
— Drama, Nathalia. — Eloise respondeu, rindo. — É só um novo endereço, não uma viagem sem volta.
Mas quando Nat