Capítulo 15
Augusto manteve o queixo erguido, mas os olhos agora estavam mais suaves. Diferente da frieza habitual.
Eloise desviou o olhar, bufando.
— Esquece. Você não entende.
Virou-se para sair, mas ele segurou levemente seu braço. Sem força, sem pressão — apenas presença.
— Terminou? — perguntou, com um tom calmo, mas firme. Como se fosse ele agora quem tentava manter o equilíbrio.
Ela hesitou.
— Porque o show ainda não acabou, Eloise — completou, soltando devagar. — E nós ainda temos uma plateia inteira esperando para ver se minha “namorada” aguenta a noite até o fim.
Ela encarou ele por um segundo longo. Os olhos verdes dele estavam ali, impassíveis... mas havia algo a mais. Um traço de culpa? Um pedido silencioso?
Talvez.
Mas naquele momento, tudo o que ela sabia era que precisava respirar... e continuar.
— Então vamos — disse, erguendo o queixo, se recompondo com a mesma força que sempre usava quando o mundo tentava quebrá-la.
Augusto apenas assentiu e ofereceu o braço. Ela a