O Encontro.
O coração de Eloise martelava no peito como se quisesse fugir. O medo de ser chamada apenas para ouvir sua demissão a corroía por dentro. O nó na garganta apertou, e as lágrimas vieram antes mesmo que pudesse impedi-las.
Heitor percebeu. Aproximou-se, a voz baixa, mas firme:
— Eloise, eu vou sair para deixar vocês dois conversarem a sós. — disse, lançando um olhar rápido a Augusto, que permanecia imóvel perto da janela. — Mas a qualquer momento pode me chamar. Ou sair da sala, se preferir. Não precisa aguentar nada que não queira.
Ela piscou, confusa, tentando recuperar o ar.
— Se… se o senhor não vai me demitir? — gaguejou, a voz frágil, quase um sussurro.
Heitor negou de imediato, quase ofendido pela suposição.
— Claro que não. — respondeu, firme. Depois voltou o olhar carregado para Augusto. — Ele… é quem quer falar com você.
O estômago de Eloise revirou. O peito pesava tanto que parecia que mal conseguiria se sustentar em pé. Cada batida do coração ecoava como trovão