Entre Armadilhas e Esperança.
A noite no hospital havia sido longa. Eloise dormiu em intervalos curtos, sempre despertando ao menor som do bip constante das máquinas. Pela manhã, cansada mas determinada, voltou em casa apenas para se banhar e se preparar para mais um dia no novo emprego.
A luta começou diante do guarda-roupa. Quase tudo era formal demais — tailleurs, camisas engomadas, saias lápis que gritavam Monteiro Corp. Nada parecia combinar com o clima leve que conhecera no andar do marketing.
Do lado de fora, a manhã em Cidade Norte estava fresca, com nuvens densas escondendo o sol e uma brisa suave que lembrava os últimos suspiros do verão.
Eloise escolheu uma calça jeans de corte reto, azul-escura, combinada a uma blusa de tricô bege de mangas três-quartos, que caía solta no corpo. Nos pés, um par de scarpins baixos, vinho, que equilibravam conforto e sofisticação. Prendeu o cabelo em um coque simples, deixando alguns fios soltos ao redor do rosto.
“Discreta, mas a