Sofia passou o cartão na catraca da MonteiroCorp tentando parecer normal.
Tentando.
Mas cada passo lembrava do que tinha acontecido na noite anterior — no toque, no ritmo, na entrega.
A ardência discreta era um lembrete vivo… e impossível de ignorar.
Ela ajeitou a bolsa no ombro e respirou fundo.
“Finge costume, Sofia.”
Era isso ou desmaiar na entrada do halls.
Caminhou até o elevador e, quando as portas se abriram no andar da presidência, Eloise surgiu na recepção com um copo de café na mão — e parou.
Parou mesmo.
Como quem vê algo fora do lugar.
— Oi… — Sofia tentou sorrir como se nada estivesse acontecendo.
Eloise estreitou os olhos.
— O que aconteceu com o seu jeito de andar?
Sofia travou.
— Nada!
Eloise ergueu uma sobrancelha. Uma só.
— Sofia… eu sou mulher. — ela apoiou a mão na cintura. — Eu SEI quando alguém teve uma noite… intensa.
Sofia quase engasgou no próprio ar.
— Eloise! Eu… — ela sussurrou. — Para! Não fala assim alto.
Eloise riu