No escritório de advocacia, Sofia estava sentada em frente ao notebook, concentrada em um processo de flagrante que precisava analisar. As anotações se acumulavam ao lado, rabiscos apressados de quem ainda estava aprendendo — mas levava tudo a sério.
O telefone ao lado tocou.
— Sofia, o doutor Dante quer falar com você.
— Ok, obrigada. — respondeu, fechando o arquivo.
Ela se levantou e caminhou até o segundo andar. Assim que chegou ao corredor, a secretária a interceptou:
— Espera só cinco minutinhos, Sofia. Ele precisou atender a Jaqueline de última hora.
— Tudo bem. — disse, sentando-se.
A secretária baixou o tom, inclinando-se com curiosidade:
— Ela é testemunha de acusação num caso complicado… tô vendo a hora dele perder esse processo por causa dessa mulher.
Sofia sorriu de canto.
— O doutor Dante perder um caso? Nunca. — começou a dizer. — Ele nunca perdeu um processo, não vai ser agora que vai—
A porta se abriu.
E a frase morreu.
De dentro da sala sai