Camille ainda tentava controlar a respiração quando ouviu o taque-taque-taque característico dos saltos de Melissa ecoando pelo corredor. Ela reconheceria aquele ritmo em qualquer lugar, determinado, impaciente e pronto para guerra. A porta se abriu sem bater.
— Camille Morgan, se você não tiver um bom motivo pra me chamar antes do almoço, eu te processo por danos emocionais. Melissa anunciou enquanto entrava, já tirando os óculos escuros com uma pose de diva.
Camille nem conseguiu responder; apenas apontou para a mesa cheia de documentos. Melissa caminhou até lá como uma investigadora indo examinar a cena do crime.
— Primeira pergunta: você matou alguém? Perguntou com naturalidade. Porque se for homicídio, eu preciso de outro tipo de salto.
Camille ergueu as mãos em rendição.
— Não matei ninguém, Melissa.
— Ótimo. Então é só fraude. Muito melhor. Menos trabalho, mais diversão.
Ela puxou uma cadeira e sentou-se, cruzando as pernas.
— Agora me conta. O que diabos está acontecendo?
Cam