Senti minhas pernas amolecerem no instante em que seus lábios se afastaram dos meus, como se ele tivesse sugado o ar que me mantinha de pé. O coração batia descompassado, acelerado, denunciando aquilo que eu tanto queria esconder de mim mesma. Como eu poderia abrir mão dele depois desse beijo? Parte de mim sabia que era errado, mas não pude resistir ou afastá-lo, simplesmente me entreguei à algo que queria fazer há algum tempo.
— Isso não pode estar acontecendo… — murmurei, mais para mim do que para ele, tentando recuperar o fôlego.
Aleksander apoiou as mãos ao lado do meu rosto, me prendendo contra a parede como um predador que cerca sua presa. Seus olhos azuis cintilavam numa intensidade que me deixava hipnotizada.
— Está acontecendo, pequena. E não há nada que você possa fazer para negar. — Sua voz grave me envolvia como se fosse uma melodia proibida.
Afastei meu rosto, tentando criar algum espaço entre nós, mas a verdade é que não queria. Era como se meu corpo gritasse por ele,