Cristal suspirou fundo, ainda com o gosto amargo na boca e os olhos perdidos no espelho. Elizabeth estava ali, serena, mas atenta a cada detalhe, como se enxergasse mais do que Cristal dizia.
— "Se a gente for fazer esse teste..." — começou Cristal, com a voz baixa, como se estivesse fazendo um pacto — "só nós duas podemos saber. Independente do resultado. Não quero dizer nada pra essas pessoas... não ainda."
Elizabeth assentiu com leveza, como quem entendia sem precisar de explicações.
— "Pode confiar em mim." — respondeu.
(...)
Mais tarde, quando voltaram para o ambiente com os outros, Cristal apenas se serviu de um copo d'água. O cheiro dos alimentos e o som das risadas já não combinavam com o que ela sentia por dentro. Seu apetite desaparecera, assim como sua disposição.
Enquanto o restante do grupo ria alto, bebia e se jogava na piscina, Cristal permaneceu deitada na espreguiçadeira, os olhos semicerrados e os pensamentos em outro lugar. Sentia o calor do sol na pele, mas s