A combinação do álcool e da música preenchia cada parte de mim, e a presença de Isaías parecia intensificar ainda mais a sensação de liberdade e euforia.
Ele era um risco que eu sabia que não deveria correr, mas ao vê-lo ali, tão perto, não consegui evitar.
Seus olhos estavam fixos em mim, penetrantes, escuros como uma tempestade prestes a se desatar.
Ele se aproximou lentamente, cada passo uma declaração de poder e controle.
Eu sentia a tensão entre nós crescer, quase palpável, como uma corda sendo esticada ao máximo.
O mundo ao redor desapareceu, os amigos, as luzes, a música — tudo virou um borrão distante enquanto Isaías e eu nos tornávamos o único foco.
Minha respiração ficou mais pesada, o coração batia descompassado, e de repente, parecia impossível continuar ignorando o que acontecia entre nós.
Ele começou a se mover ao ritmo da música, e eu acompanhei, quase hipnotizada.
Meu corpo respondia ao dele, de maneira quase automática, como se tivéssemos feito isso mil vezes.
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