Os dias se arrastavam como correntes pesadas, e a incerteza era a única constante que eu conhecia.
Cada minuto parecia uma eternidade, cada segundo uma sentença.Eu não sabia onde Isaías estava, e a ausência dele se tornava uma dor insuportável.A cada hora que passava, o medo de nunca mais vê-lo se aprofundava, transformando-se em um monstro que se alimentava de mim, corroendo minhas forças, minha esperança.A distância entre nós parecia um abismo impossível de atravessar.Quanto mais eu tentava me apegar a uma fração de esperança, mais essa distância se expandia, como se tudo estivesse contra nós.O desespero tomava conta de mim, a cada novo amanhecer, me lembrando de que talvez o pior ainda estivesse por vir.Eu ainda estava na cozinha, trabalhando como se a vida fosse continuar dali em diante.Mexia nas panelas, cortava vegetais e servia os homens sem nem mais pensar no que estava fazendo.O corpo mecânico, em uma rotina diária de pura