O som das vozes me arrancou do torpor do sono como uma bofetada.
Por um segundo, pensei que ainda estava sonhando, mas quando olhei para Isaías, seu olhar atento e o gesto de dedo nos lábios me fizeram entender imediatamente.Não era um sonho.As vozes vinham de algum lugar perto, abafadas pela vegetação, mas claras o suficiente para que percebêssemos que não estávamos sozinhos.Meu coração começou a bater tão forte que parecia ecoar em meus ouvidos, quase tão alto quanto os sons ao redor.Isaías inclinou-se para perto de mim, a boca tão próxima de minha orelha que pude sentir seu hálito quente contra minha pele.— Fique calma — Ele sussurrou, a voz tão baixa que quase foi engolida pelo som das folhas farfalhando.Calma?Como ele esperava que eu ficasse calma quando parecia que a qualquer momento seríamos descobertos?As vozes ficaram mais próximas.Consegui distinguir ao menos três ou quatro delas, mas o idioma era estranho, um