Isaías apertava minha mão com força enquanto nos guiava pela floresta escura.
A cada explosão ou grito que ecoava ao longe, meu coração disparava, mas ele continuava avançando com determinação.
Era como se ele fosse incapaz de sentir medo, ou talvez estivesse apenas usando todo o seu foco para nos manter vivos.
Atravessamos um campo aberto assim que uma cortina de poeira subiu, Isaías aproveitando aquele momento para nos levar até a segurança da floresta.
Minhas pernas doíam e o ar pesado parecia encher meus pulmões de pedra, mas ele não parava, e eu também não podia.
Quando finalmente encontrou um local que parecia seguro, Isaías soltou minha mão e me fez sentar sob uma moita que, de tão grande, formava um domo natural.
Ele começou a abrir sua mochila, tirando o que me parecia uma coleção improvável de itens: um saco de dormir, uma garrafa de água, antisséptico, analgésicos e algumas barras de cereal.
Ele então pegou minha mochila.