138 Paris nos abraça

Paris nunca pareceu tão mágica como naquela noite.

Depois de tudo que aconteceu na exposição, do turbilhão de emoções e da euforia de finalmente me permitir ser vista, Andrew me surpreendeu com um convite que fez meu coração disparar:

— Alby, o que acha de dar uma volta por Paris comigo? Só nós dois.

Olhei para ele, surpresa, tentando entender se aquilo era real.

Ele, sempre tão contido, agora parecia vulnerável de um jeito que me desarmou.

— Eu adoraria — respondi, sem hesitar.

Saímos do museu como se estivéssemos deixando um mundo e entrando em outro.

Paris parecia respirar ao nosso redor.

As ruas estavam tranquilas, iluminadas pelas luzes amarelas dos postes e pelo reflexo suave da lua nas poças d’água que a chuva havia deixado para trás.

Caminhamos lado a lado, em silêncio por um tempo.

Não era um silêncio desconfortável; era como se ambos estivéssemos absorvendo a magia do momento.

O cheiro de pão fresco vinha de
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