Beatriz sentia que a tormenta que haviam enfrentado finalmente tinha chegado ao fim. Ricardo Vasconcelos estava preso, os capangas haviam sido desmantelados e a Bernardes Corporation estava livre da corrupção. Mas algo dentro dela gritava que a paz era apenas ilusória.
Nos últimos dias, um incômodo sentimento de estar sendo observada a acompanhava. No escritório, em casa, até mesmo no restaurante onde costumava almoçar. Pequenos detalhes lhe chamavam atenção: um carro preto estacionado sempre na mesma rua, um homem de capuz que parecia estar em todos os lugares por onde passava.
Ela tentou ignorar, convencendo-se de que era apenas resquício do trauma recente, mas não conseguiu.
Certa noite, ao sair do trabalho, Beatriz decidiu testar sua intuição. Pegou um caminho diferente, atravessando um beco e cortando por ruas menos movimentadas. Seu coração acelerou quando percebeu que, a três carros de distância, o mesmo veículo preto ainda a seguia.
Ela parou de repente na calçada, fingindo ol