PH
Acordei em um quarto estranho, cercado por aparelhos apitando ritmicamente. As lembranças da noite anterior invadiram minha mente como uma avalanche, e uma onda de preocupação me atingiu. A última imagem nítida era Any, pálida, com sangue escorrendo.
Virei a cabeça com dificuldade e vi Ryan dormindo pesadamente em uma cadeira ao lado da cama.
— Ryan! — minha voz saiu rouca, um fio de som.
Ele sobressaltou, os olhos arregalados antes de se suavizarem em um sorriso aliviado.
— Pai! Que bom que acordou!
— Como está a Any? Ela estava sangrando.— a urgência na minha voz era inegável.
— Está tudo bem agora, pai. Os gêmeos nasceram e estão ótimos.
— Nasceram? — a pergunta escapou, carregada de incredulidade.
— Sim, e a mãe está revoltada. Nasceram mais dois filhos loiros de olhos azuis. — Ryan riu.
Um sorriso fraco brotou em meus lábios. Any sempre ficava possessa com a genética teimosa que insistia em gerar filhos com minha aparência. Ryan, Liz, Isaac e agora os gêmeos. O cabe