Luana Muller...
Mudando o seu sorriso para uma expressão de preocupada, dona Rosângela abraça-me forte e pergunta:
— O que foi, Luana?
Olhando nos olhos dela, começo a desabafar:
— Esse monstro! Quando chegamos do casamento, ele me enforcou e depois me obrigou a alisar o meu cabelo— Em lágrimas, mostro os fios já lisos.
Antes que a dona Rosângela possa iniciar alguma frase, alguém bate palmas atrás dela e diz:
— Que lindo, que maravilha! Vejam isso, que cena comovente.
Dona Rosângela se vira e eu fixo meus olhos no homem em pé diante da porta, sério e debochado. Meu corpo treme ao vê-lo.
Ele se aproxima furioso e eu corro para o fundo do quarto. Dona Rosângela entra na sua frente, impedindo que ele se aproxime de mim.
— Você não vai machucá-la, Gregório. Ela é apenas uma menina— ela interrompe sua passagem e ele a segura pelos braços, parecendo com força, encarando-a com ódio em seu olhar.
— E quem é você para me impedir? — Enquanto ele à sacode, eu gritei apavorada.
— Solta ela, p