Gabriel estava prestes a me entregar a rosa que havia colhido, o sorriso gentil em seus lábios, quando meus olhos se arregalaram. Congelaram. Uma figura familiar, impossivelmente familiar, estava vindo em nossa direção. Rafael. Oh meu Deus! Era só o tempo da minha reação, da minha mente processar o que meus olhos viam, e ele já estava caminhando em nossa direção, os passos rápidos e decididos, o rosto contorcido em uma fúria que eu nunca havia visto antes.
— Rafael? — eu sussurrei, a voz mal saindo da minha garganta, um misto de incredulidade e pavor. — O que diabos você está fazendo aqui?!
Gabriel olhou para ele, curioso, sem entender a cena que se desenrolava. E então, antes que eu pudesse sequer piscar, Rafael desferiu um soco na cara de Gabriel, que foi pego completamente desprevenido. O som do impacto foi seco, brutal. Gabriel cambaleou, caindo sentado no chão, a rosa vermelha esmagada em sua mão.
Eu me joguei ao lado de Gabriel, o coração batendo rápido no peito, as mãos trêm