Eva
Mais tarde, já na minha cama, uma batida soou do outro lado da porta. Ao abri-la, lá estava Will do outro lado. Sem esperar que eu dissesse nada, ele entrou e me surpreendeu com um beijo profundo que tinha gosto de desespero. Os seus braços me apertavam contra o seu corpo, como se a qualquer instante eu fosse desaparecer.
Já estava quase sem fôlego quando ele se afastou soltando os meus lábios. Senti-me atordoada. Respirei fundo e o olhei espantada.
— O que foi isso? — perguntei sem ar.
Ele analisou-me meticulosamente, sem pressa. O seu olhar entristeceu.
— Você não sente — constatou, aos sussurros.
— Não sinto o quê? Do que está falando, Will?
— Não sente por mim o que sente por ele.
Desviei os meus olhos dos seus.
— Will...
— Eva, olhe para mim — pediu, interrompendo-me.
Tomei coragem e o encarei.
— Nunca vai me amar como o ama, eu sei. Posso sentir. E quer saber? Está tudo bem. — Acariciou o meu rosto.
— Desculpe. — Os meus olhos se encheram de lágrimas.
— Não tem que se descul