Eva
Entrei em casa e logo o meu pai apareceu.
— Eva, querida... Graças a Deus! — Abraçou-me, mas não correspondi. — Que bom que está bem. — Soltou-me.
— E por que eu não estaria? Afinal, estava com o Luke. — Passei por ele indo em direção à escada.
— Precisamos conversar!
Parei e olhei-o.
— Vou tomar um banho e, quando eu descer, a gente conversa.
Subi para o meu quarto. No banheiro, parei diante do espelho e encarei-me. Não sabia que rumo tomaria a nossa conversa, mas tinha medo que para um lado agressivo. O meu pai era um homem um tanto descontrolado. Nunca gostou de ouvir verdades, era por isso que as conversas entre ele e a minha mãe viravam brigas horríveis.
A porta do quarto foi aberta e depois fechada. Saí do banheiro e encontrei a minha mãe parada perto da cama. Ela esfregava as mãos uma na outra em um ato de angústia. Tinha um olhar preocupado. Preocupação que jamais a vi ter antes. Estranhei, assim como estranhei ela dizer mais cedo ao telefone que me amava. Acho que aquela