AVERY WELLES
— Avery, vamos! — chama minha mãe do andar de baixo. — A Dra. Masude é uma mulher muito ocupada. Não quero ser eu a deixá-la esperando!
— Estou indo! — remexo os dedos debaixo da cama e sorrio por ter conseguido encontrar meu celular caído.
— Avery, vamos lá — diz Ju, colocando a cabeça no batente da porta.
Seus rebeldes cachos loiros estavam presos em um coque bagunçado que caía desleixadamente no topo da cabeça, mas ainda assim parecia perfeitamente arrumado.
— Você deixou seu telefone cair de novo?
Eu me levanto e limpo a poeira dos joelhos.
— Não conte para o papai. Eu mesma vou consertar a tela, de algum jeito.
Ela revira os olhos.
— Tanto faz. Anda logo, você sabe o quanto o dia de hoje é importante.
Ela estava certa, mas eu, teimosa de dezesseis anos, me mantinha firme e egoisticamente não queria pensar nas consequências do dia. Todos ao meu redor, incluindo minha mãe, estavam otimistas com o dia de hoje. Vibrações e energia positivas, quando eu